O Laboratório de Microtermometria de Inclusões Fluídas é constituído de uma platina microtermométrica modelo Linkam, Tipo THMS-G 600, acoplada a um microscópio ótico de luz transmitida (Olympus BX-50), a um container de nitrogênio líquido sob pressão, e a um registrador/controlador de temperaturas (Linkam TMS-94 e LNP 94-2). Esta platina permite o resfriamento da amostra a até 196oC, por circulação do nitrogênio através de condutor interno, e aquecimento por meio de resistência, também localizada no seu interior, a até 600oC. É também possível operar o equipamento através do software LINK (programa Link para Microsoft Windows) e realizar o tratamento e modelagem dos dados de inclusões fluídas utilizando-se os programas PVTX (adquirido da Linkam) ou FLINCOR. O objetivo de qualquer estudo de inclusões fluidas é a reconstrução das propriedades P-V-T-X de um sistema. O método mais aplicado é a microtermometria que é a observação de inclusões fluídas individuais em uma platina de resfriamento/aquecimento sob microscópio ótico.
O estudo de inclusões fluídas se tornou um método de rotina para a resolução de uma grande variedade de problemas geocientíficos em diferentes disciplinas como petrologia, análise estrutural, a gênese e exploração de minério ou depósitos de hidrocarbonetos. Dados de inclusões podem gerar uma significante contribuição no que concerne a profundidade de soterramento durante a diagênese e trajetórias P-T-t para bacias sedimentares, bem como é também utilizado para estudos evolutivos em terrenos metamórficos.
O estudo de inclusões fluídas ricas em hidrocarbonetos aliado a análise de traços de fissão em apatita também é um importante meio de obtenção de paleotermômetros para a reconstrução da evolução P-T de reservatórios